ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO

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'Enterrem Meu Coração na Curva do Rio' é o relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Lançando mão de várias fontes, como registros oficiais, autobiografias, depoimentos e descrições de primeira mão, Dee Brown faz grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Soiux, Cheyenne e outras contarem com suas próprias palavras sobre as batalhas contra os brancos, os massacres e rompimentos de acordos. Todo o processo que, na segunda metade do século XIX, terminou por desmoralizá-los, derrotá-los e praticamente extingui-los. Publicado originalmente em 1970, este livro foi traduzido para diversas línguas. Com esta obra , Dee Brown, especialista em história norte-americana, buscou mudar o modo do mundo ver a conquista do Velho Oeste e a história do extermínio dos peles-vermelhas.


segue link do livro em PDF:

ENTERREM MEU CORAÇAO NA CURVA DO RIO

.


ENQUANTO AGUARDAMOS A VINDA DO CRISTO SALVADOR:


MATAREMOS PRATICANTES DE OUTRAS RELIGIÕES
DISSIDENTES DE NOSSA CONCEPÇÃO DE CRISTIANISMO,
PRATICAREMOS SECTARISMO RELIGIOSO,
HOMOFOBIA,
MACHISMO,
LEGITIMAREMOS A COLONIZAÇÃO E ESCRAVIDÃO DE OUTRAS ETNIAS,
ILUDIREMOS GERAÇÃO APÓS GERAÇÃO COM UM CULTO
A MORTE EM VIDA,
ENQUANTO ACEITAREMOS CALADOS AS ATROCIDADES COMETIDAS POR GOVERNANTES E MILITARES,
QUANDO NÃO SEREMOS NÓS OS GOVERNANTES
A COMANDAR EXÉRCITOS E TRUCIDAR NOSSO
"PRÓXIMO"
EIS AQUI O CRISTIANISMO RESUMIDO,

AMÉM.


A FLOR DA INGLATERRA - GEORGE ORWELL


"Andando pelas ruas, Gordon perguntou-se como seriam as pessoas daquelas casas. Seriam quem sabe, pequenos funcionários, vendedores de lojas, caixeiros-viajantes, corretores de seguros, condutores de bonde. Será que sabiam que não passavam de marionetes prontas a dançar assim que o dinheiro puxasse os cordões? Pode apostar que não. E, se soubessem, que diferença faria? Estavam ocupados demais em nascer, casar, gerar filhos, trabalhar, morrer.”

Ainda que menos conhecido do que A revolução dos bichos (de 1945) e 1984 (de 1949), este livro mantém a escrita vívida e irônica de George Orwell. Em A flor da Inglaterra [Keep the aspidistra flying], o consagrado autor expõe corajosamente as chagas de uma sociedade desigual, sem apelar para o sentimentalismo, a autocomplacência ou fórmulas simplistas de nenhuma espécie.
Londres, 1934. Gordon Comstock declara guerra ao "deus-dinheiro". Chegando aos trinta anos, maltratado pela pobreza e com aspirações poéticas muito mais altas que a sua capacidade de realizá-las, ele desiste de um "bom emprego" em uma agência de publicidade para se tornar um modesto vendedor de uma pequena livraria. Sempre na míngua de dinheiro, mas orgulhoso demais para aceitar empréstimos de um amigo rico, Gordon inicia um declínio rápido e aparentemente sem volta ao inferno da pobreza extrema e da solidão que ela acarreta.
Nos quartos de pensão esquálidos que habita, bem como por toda parte do mundinho medíocre da classe média baixa, Gordon topa a todo instante com uma planta doméstica que ele elege símbolo dessa ordem injusta, vazia e massacrante: a aspidistra. Em A flor da Inglaterra, George Orwell criou uma espécie de sátira passional, matizada de humor seco e cortante, sua marca registrada, que provoca imediata empatia em qualquer um que já tenha se visto às voltas com a falta do vil metal.

EUROPEUS E SEUS DESCENDENTES:



VOCÊS SÃO CULPADOS POR EXTERMINAR ETNIAS INTEIRAS DE ÍNDIOS NATIVOS DESSE CONTINENTE,

 ESCRAVIZAR POVOS DO CONTINENTE AFRICANO OS IMPONDO SUA CULTURA E RELIGIÃO AUTORITÁRIA,
POSTERIORMENTE LARGANDO-OS A MÍNGUA
EM MORROS,

AGORA DENOMINADOS COMO BURGUESIA E OU ESTADO, PISAM NA CABEÇA DOS DESCENDENTES DESTES
MESTIÇOS A OUTROS EUROPEUS OS EXTORQUINDO COM SEUS IMPOSTOS,
LEIS E IMPOSIÇÕES
USANDO O MILITARISMO E
ALIENAÇÃO ATRAVÉS DA MIDIA E
RELIGIÃO,
CULPAMOS-OS TAMBÉM POR IMPLANTAR A COMPETIÇÃO MAQUIAVÉLICA CAPITALISTA E DESTRUTIVA DO PLANETA,
QUANDO PRECISAMOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E IGUALDADE DE DIREITOS,

JÁ BASTA.

A Organização I e I I - Errico Malatesta


A Organização I



Há anos que muito se discute entre os anarquistas
esta questão. E como freqüentemente acontece quando se
discute com ardor à procura da verdade, acredita-se, em
seguida, ter razão. Quando as discussões teóricas são
apenas tentativas para justificar uma conduta inspirada
por outros motivos, produz-se uma grande confusão de
idéias e de palavras.
Lembraremos, de passagem, sobretudo para nos
livrarmos delas, as simples questões de frases
empregadas, que, às vezes, atingiram o cúmulo do
ridículo, como por exemplo: "Não queremos a organização,
mas a harmonização", "Opomo-nos à associação, mas a
admitimos", "Não queremos secretário ou caixa, porque é
um sinal de autoritarismo, mas encarregamos um
camarada para se ocupar do correio e outro do dinheiro";
passemos a discussão séria.
Se não pudermos concordar, tratemos pelo menos de
nos compreender.
Antes de mais nada, distingamos, visto que a questão
é tripla: a organização em geral, como princípio e
condição da vida social, hoje, e na sociedade futura; a
organização das forças populares, e, em particular, a das
massas operárias, para resistir ao governo e ao
capitalismo.
A necessidade de organização na vida social – direi
que organização e sociedade são quase sinônimos – é
coisa tão evidente que mal se pode acreditar que pudesse
ter sido negada.
Para nos darmos conta disso, é preciso lembrar que
ela é a função específica, característica do movimento
anarquista, e como homens e partidos estão sujeitos a se
deixarem absorver pela questão que os interessa mais
diretamente, esquecendo tudo o que a ela se relaciona,
dando mais importância à forma que ao conteúdo e,
enfim, vendo as coisas somente de um lado, não
distinguindo mais a justa noção da realidade.
O movimento anarquista começou como uma reação
contra o autoritarismo dominante na sociedade, assim
como todos os partidos e organizações operárias, e se
acentuou com os adventos de todas as revoltas contra as
tendências autoritárias e centralistas. Era
natural, em conseqüência, que inúmeros
anarquistas estivessem como que hipnotizados por esta
luta contra a autoridade e que eles combatem, para
resistir à influência da educação autoritária, tanto a
autoridade quanto a organização, da qual ela é a alma.
Na verdade, esta fixação chegou ao ponto de fazer
sustentar coisas realmente incríveis. Combateu todo o
tipo de cooperação e de acordo porque a associação é a
antítese da anarquia. Afirma-se que sem acordos, sem
obrigações recíprocas, cada um fazendo o que lhe passar
pela cabeça, sem mesmo se informar sobre o que fazem
os outros, tudo estaria espontaneamente em harmonia:
que a anarquia significa que cada um deve bastar-se a si
mesmo e fazer tudo que tem vontade, sem troca e sem
trabalho em associação. Assim, as ferrovias poderiam
funcionar muito bem sem organização, como acontecia na
Inglaterra (!). O correio não seria necessário: alguém de
Paris, que quisesse escrever uma carta a Petersburgo...

Diálogos 1 – O Que é Anarquismo

Diálogo explicativo e simples sobre as idéias anarquistas e seus meios de inserção social - Maio 2010
Tharcus Vila
Diálogo entre João e Marcelo sobre anarquismo
João, militante anarquista, faz trabalho de base em um bairro da periferia. Marcelo é um rapaz que mora na periferia e que já teve algum contato com o movimento comunitário local, ainda que pouco. Ouviu dizer que João é anarquista e resolveu que da próxima vez que tivesse uma oportunidade, perguntaria a ele sobre o tal anarquismo. Afinal, João era um rapaz tão sério e organizado… As pessoas não falam que anarquismo é coisa de gente bagunceira e irresponsável? Algum tempo depois, a situação permitiu uma conversa entre eles.
Marcelo: João, ouvi dizer que você é anarquista. Isso é verdade?
João: hehe… Quem te falou isso?
Marcelo: O seu Carlos…
João: É verdade. Eu sou um anarquista, defendo o anarquismo.
Marcelo: E o que é anarquismo?
João: O anarquismo é uma ideologia, ou seja, um conjunto de idéias, de valores, de aspirações, que possuem ligação direta com uma prática política. Entendeu?
Marcelo: Mais ou menos…
João: O anarquismo é esse conjunto de idéias que faz com que os anarquistas atuem na prática fazendo as coisas que eles acreditam na teoria virar realidade.
Marcelo: Ah… Então é possível concluir que o anarquismo é composto por essas idéias e práticas que você fala.
João: Exatamente.
Marcelo: E de onde veio o anarquismo?
João: Surgiu na Europa, uns 150 anos atrás… Faz muito tempo. Foi uma época em que todo o socialismo surgiu de um grande movimento operário que aparecia por causa do desenvolvimento do capitalismo. O capitalismo substituía as antigas formas de organização da economia pelo trabalho assalariado nas fábricas, era um momento de industrialização, ou seja, de desenvolvimento das indústrias. O socialismo surge das idéias e práticas das pessoas que estavam sendo oprimidas nesse momento. E o anarquismo é um tipo de socialismo.
Marcelo: Mas há mais de um tipo de socialismo, certo? Tinha um tio meu que era do PT e minha mãe falava que ele era socialista… E acho que ele não é anarquista.
João: Tem sim. O anarquismo é um socialismo revolucionário e libertário. Os anarquistas são socialistas que acreditam que a sociedade deve ser transformada por uma revolução social e que a nova sociedade deve ser socialista, e não capitalista. E esse socialismo também não pode ter só igualdade, tem que ter liberdade também… Por isso, alguns chamam o anarquismo de socialismo libertário… É a igualdade com a liberdade. É podermos nos associar livremente, tanto nos lugares onde moramos, como nos lugares onde trabalhamos, sem chefes e nem patrões, para tomarmos nossas próprias decisões sobre aquilo que nos diz respeito. Tem socialismo que é reformista, ou seja, que acha que o capitalismo pode ser modificado sem revolução, e tem também aqueles que nem acham que o capitalismo deve ser superado… Há também os socialistas que acham que a liberdade só deve existir em um futuro muito distante. Falam em ditadura… Tudo isso. Então, apesar dos anarquistas serem socialistas, eles são muito diferentes dos socialistas do PT. E não sei nem se tem socialista no PT ainda…
Marcelo: Essa coisa de igualdade e liberdade é muito legal. Mas ao mesmo tempo parece algo muito distante e fora da realidade. Você não acha que isso é coisa de sonhador? De falta de pé no chão? As vezes essas idéias me parecem algo muito bonito na teoria, mas que na prática não funcionam.
João: Uma nova sociedade de liberdade e igualdade pode realmente estar distante, mas isso é o nosso objetivo, onde queremos chegar… E para nós anarquistas, são os meios que determinam os fins, ou seja, se queremos igualdade e liberdade na nova sociedade, precisamos promover isso aqui e agora, nas nossas lutas. E as lutas não são coisas de gente sonhadora. Olhe aqui à nossa volta, muitas coisas são conquistadas com a luta. Lembra que o pessoal do bairro ao lado ocupou uma área vazia, e depois de muita luta conseguiu ficar lá? Foi por causa da luta. Você acha que eles são sonhadores? Ou que não têm os pés no chão?
Marcelo: Não, mas eles estavam lutando por uma coisa concreta e não para mudar o mundo…

Debate entre um Anarquista e um Marxista


Proudhon e Karl Marx
Foi proposto em um grupo na internet a ideia de uma economia Anarquista, veja o debate…
Marxista:
Não dá certo…
Anarquista:
Comentário vazio! Nem mesmo Noam Chomsky sugeriu tal hipótese. Conta pra gente porque não daria certo, é possível formular uma ideia?
Marxista:
O capitalismo já é a anarquia de produção , você esta propondo que a sociedade se auto regule conforme a anarquia , e surgiria inevitavelmente a propriedade , e logo retornaríamos a mesma sociedade atual . Isso depende do fim de lideres e liderados , depende que cada pessoa tenha autonomia e independência , os anarquistas são contra a autoridade ou a qualquer autoritarismo .
Anarquista:
Sim, somos anti-autoritários e não autoridade consensual, ou seja, consenso da maioria! O capitalismo não é anarquia pois ele é regulado, controlado!
Sugiro a leitura de alguns conceitos:
Marxista:
A auto gestão da Iugoslavia levou ao anarco-sindicalismo, na minha opinião é impossível ter um regime socialista sem autoridade , sem uma planificação centralizada na tomada de decisões e no controle sobre a alocação de recursos do estado.
Anarquista:
Perceba que todas as ações transitórias são para atingir o mesmo fim, o fim do Estado! O estado não possibilita relações horizontalizadas, o poder econômico tem a palavra final!
Marxista:
Não há como ter uma sociedade organizada, sem o estado, o fim do estado não é o principio em si.
Marxista:
O estado é uma condição permanente , a visão dos marxistas deveria ser de que a ditadura do proletariado não é uma transição para o fim do estado e sim a hegemonia do estado perpetua. Anarquistas querem chegar ao fim do estado sem passar pelo processo da ditadura do proletariado, os comunistas querem chegar ao fim do estado passando pela ditadura do proletariado, na minha opinião é intangível chegar ao fim do estado .
Anarquista
Então vc acredita que o Estado organiza? O estado na melhor das hipóteses divide e normalmente subtrai recursos em detrimento de uma pequena minoria. A classe dominante com seus monopólios repousam sobre o poder político do Estado, o estado faz sombra pra elite!
Marxista:
As experiências socialistas mostraram que quando se instala o socialismo a tendência é o estado aumentar e não diminuir , se o estado diminuir o que toma o lugar é o liberalismo , depois ou a sociedade entra em guerra civil pela luta de classes ou tenta regulamentar com uma republica representativa de oligarquias .
Marxista:
Sempre haverá uma classe dominante/privilegiada , seja qual estado seja , qualquer sociedade humana haverá isto em maior ou menor grau , de melhor mais distribuída ou concentrada .
Anarquista:
Concordo que será necessário 1 ou 2 fases de transição para elevarmos o Anarquismo, principalmente no Brasil. Até mesmo Karl Marx via o Estado Burguês como uma instituição a serviço da classe dominante, ou seja, a burguesia. O Estado gerado pelo modo de produção capitalista visa, na teoria de Marx, validar a exploração da mais-valia “legalmente” e manter a lei de propriedade privada. Para isso, conta com aparatos de diversos tipos, como a política, os tribunais e as forças da repressão, como o exército e as polícias. Portanto, tendo isso em mente, Marx quer dizer com o trecho que o Estado é uma instituição a serviço da burguesia, para manter, validar e proteger seus interesses, que nada mais são que o lucro, a propriedade e a exploração do trabalho assalariado.
Marxista:
Se não é a serviço da burguesia , é a serviço da burocracia. O estado é uma condição permanente e não de transição rumo ao fim do estado.
Anarquista:
“O slogan [Revolução!] transformou-se de sinal de alerta em toxina, uma maligna e pseudo gnóstica armadilha do destino, um pesadelo no qual não importa o quanto lutamos, nunca nos livramos do maligno ciclo infinito que incuba o Estado, um Estado após o outro, cada paraíso governado por outro anjo ainda mais cruel.” (Hakim Bey, TAZ)
Kevin Carson argumenta que o capitalismo foi construído em “um ato de desapropriação tão grande como o feudalismo” e afirma que o capitalismo não poderia existir sem o Estado. Carson afirma que a centralização da riqueza em uma hierarquia de classes ocorre devido à intervenção do governo para proteger a classe dominante, através de um monopólio sobre o dinheiro, garantindo patentes e subsídios a grandes empresas, através da imposição de um imposto discriminatório e intervenção militar para acesso aos mercados internacionais. Noam Chomsky argumenta que o trabalho do Estado para salvaguardar e ajudar o capital a cada vez que ele entra suas crises cíclicas, cobrando o custo para a população. O que é chamado de “capitalismo” consiste basicamente em um sistema de mercantilismo corporativo, com tiranias privadas enormes e que em grande parte exercem grande controle sobre a economia, os sistemas políticos e a vida social e cultural, operando em estreita cooperação com Estados poderosos maciçamente envolvidos na economia doméstica e na sociedade internacional.
Marxista:

ANARCO-COMUNISMO NÃO É MARXISMO!


O DINHEIRO,
O CAPITAL,
É A PRIORIDADE DA VIDA DE TODOS NO CAPETALISMO,
MUITOS DEIXAM DE LADO O RELACIONAMENTO PESSOAL
MESMO DENTRO DA FAMILIA PARA PRIORIZAR
O DINHEIRO,
O STATUS,
OS BENS MATERIAIS,
AS AMBIÇÕES CAPITALISTAS
QUE EXALTAM O EGO,
MAS EXCLUEM O AMOR,
CUIDADO PARA NÃO LHE RESTAR APENAS DINHEIRO NO FIM DA VIDA.

Engels – A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado!

(SALVO AS DIVERGÊNCIAS DE TEORIA DE REVOLUÇÃO, ENTRE O COMUNISTA AUTORITÁRIO ENGELS E OS ANARQUISTAS, ESTE LIVRO É DO PONTO DE VISTA SOCIOLÓGICO UM ÓTIMO PARÂMETRO PARA O DESTINO QUE TOMOU A SOCIEDADE E COMO A ORIGEM DA FAMÍLIA INFLUENCIOU NISSO)

Friedrich Engels descreve, neste livro, a formação da sociedade moderna calcada na propriedade privada, na produção, no comércio e no poder do Estado. Por que então historia a origem da família? No entender de Engels, foi com a derrocada da família como subsistia nos moldes primitivos e enquanto célula-mater de uma economia de subsistência – organizada em grupos de interesses comuns, vivendo em uma propriedade comum a todos e regida por leis derivadas do poder materno ou do poder paterno, em que os laços de parentesco eram vitais para sua sobrevivência harmoniosa e segura e em que não havia produção de excedentes, tornando desnecessário o comércio e o decorrente acúmulo de riquezas-, foi com o declínio dessa estrutura familiar primitiva que a sociedade moderna foi se formando.

As Origens do Preconceito Humano

ÓTIMA DISSERTAÇÃO EXPLICATIVA SOBRE ESSE IMPASSE NO RELACIONAMENTO HUMANO, LEIA E TENTE ENTENDER UM POUCO DO QUE É NATURAL E O QUE NÃO É NATURAL, (MUITAS VEZES SE TORNANDO UM CRIME) CONTRA O INDIVIDUO VÍTIMA DE PRECONCEITO E LEMBREM-SE:

A IGNORÂNCIA E A INTOLERÂNCIA SÃO AS BASES DE TODO PRECONCEITO,

A INTELIGÊNCIA E A CONSCIÊNCIA SOCIAL SÃO AS BASES DO RESPEITO!
 
Um dos aspectos mais problemáticos da natureza humana é, sem dúvida, o preconceito. Procurando fugir um pouco do debate acalorado que cerca o assunto, e da tendência as vezes inevitável de ser "politicamente correto", aqui eu tento abordar o tema sob um ponto de vista mais científico, fazendo uso do que já temos em mãos na literatura acadêmica a esse respeito.

Quase inconscientemente, vivemos às voltas com atitudes de pré-julgamento sobre praticamente tudo: desde o que comemos, vestimos ou nos divertimos. Sem dúvida alguma o que fazem os indivíduos de dentro de nosso grupo social, e também os de fora dele, chama muito a nossa atenção. Geralmente atitudes ou eventos de qualquer natureza que não são comuns em nosso meio social podem nos causar espanto, preocupação, insegurança, medo, fuga e finalmente, rejeição à pessoa ou evento.

Tenho uma forte intuição de que o preconceito, seja ele racial, religioso, de orientação sexual ou mesmo ideológico, deve ter alguma origem genética. Quando penso no Sistema Visual Humano, meu objeto de estudo há quinze anos, encontro respostas para atitudes genéricas, não somente da raça humana, mas da maioria dos seres vivos. Acredito firmemente na hipótese de que, se não usássemos a nossa pré-atentividade para nos guiar no nosso mundo tão perigoso, não estaríamos aqui como civilização; pois teríamos sucumbido já na idade da pedra. E o que é pré-atentividade? Segundo neurocientistas, é a capacidade de antever o que vamos ver; É o cálculo inconsciente da mais provável probabilidade do que estamos prestes a observar, seja por um longo período de tempo, seja por uma menor fração de segundo.

Se olharmos para o lado quando pressentimos que alguém se aproxima, temos a sensação de ver alguém mesmo antes de focarmos nossa retina na pessoa. Isso significa que não precisamos de muitos detalhes para descrever o que vemos com nossos olhos. Tente pensar em uma rua nova que acabou de passar. Com certeza não irá descrever detalhes quando alguém lhe pedir para falar sobre ela. O nosso cérebro guarda somente aquilo que é fundamental à nossa sobrevivência: aspectos gerais; o resto a gente deduz.

Mas essa capacidade de descrever em linhas gerais e fazer generalizações também pode estar por trás de um outro aspecto antagônico: o medo e a insegurança quando erramos na previsão; quando nossa pre-atentividade nos engana, ou falha. Se o que você espera ver é alguém conhecido de seu grupo social, e, ao focar atenção você observa algo completamente inesperado, mecanismos involuntários de defesa como fúria, medo ou sentimento de fuga e rejeição são imediatamente postos em ação. É o que eu costumo falar a meus alunos: nós não gostamos daquilo que não entendemos, e não entendemos aquilo que não esperamos ver ou saber. O que o nosso cérebro não compreende no momento, lutamos contra, pois pode representar perigo. Nosso instinto de sobrevivência é involuntário pois precisa estar em constante alerta, mesmo nos dias modernos de hoje.

Parece então que esse sentimento de aversão a tudo aquilo que não compreendemos fora da nossa rotina diária, faz na verdade parte de um complexo mecanismo de autodefesa, cunhado há milhões de anos em nosso DNA nos primórdios da vida humana, e diria mesmo, nos primórdios da vida no planeta, pois acredito que todo ser vivo vem programado geneticamente para sentir medo, insegurança e lutar contra aquilo que não entende de imediato.

Então podemos concluir que viemos programados para muitos tipos de preconceitos, o que seria a redenção e até mesmo a absolvição de culpa por quaisquer atitudes modernas preconceituosas de qualquer natureza? Na verdade, quando se trata de preconceitos humanos por pessoas ou atitudes fora de nosso grupo social, esse caráter aparentemente genético da rejeição e, portanto, involuntário, parece ser mais um “tiro pela culatra" na vida provocado por nossa própria genética evolutiva do que um “mecanismo primitivo de autodefesa”, uma vez que não preciso enumerar aqui, nem lembrar as inúmeras barbaridades feitas pelo ser humano (em todos os seus estágios evolutivos) contra seus semelhantes em nome da rejeição àqueles que são declarados “diferentes” em algum aspecto: seja religioso, racial, sexual, econômico ou ideológico. O problema então, na minha mera opinião, não está em sentir o preconceito, uma vez que este é puramente genético, mas sim, nas atitudes que tomamos diante deles. Sentir-se diferente em termos de raça, opção sexual, religião ou ideologia é inerentemente humano, mas punir alguém por esses aspectos serem diferentes dos nossos é o verdadeiro crime.

Um indício forte do caráter genético das origens de nossos preconceitos está nos estudos da Dra. Laurie Santos, do Departamento de Psicologia da Universidade de Harvard, que mostra que atitudes preconceituosas podem existir entre nossos primos reshus macaques. Observações experimentais sugerem que esses macacos mostram-se extremamente preconceituosos com relação a indivíduos de fora de seus grupos sociais, e afáveis com indivíduos de dentro de seus grupos. Esses preconceitos foram observados em forma de medo, insegurança e até mesmo repúdio. A reportagem completa pode ser lida nesse link aqui: http://opac.yale.edu/news/article.aspx?id=8345

Conclusão. Acho que sentir preconceito não é mesmo uma opção e sim natural, mas as atitudes e aspectos negativos vivenciados dentro de nossa sociedade, como punir de qualquer forma um indivíduo pela simples cor de pele, opção sexual, religiosidade ou ideologia, este sim, constitui uma atitude voluntária e repugnante, que deve ser combatida em todas as suas formas. Quando falo em punição, estou me referindo desde o simples fato de negar a alguém o direito universal de conviver como ser humano, com todos os seus direitos previstos e não previstos nas nossas leis, até mesmo explicitar, caçoar, fazer troça ou incitar a violência simplesmente por ser diferente.

[[]]`s
PSérgio

A fome


PERGUNTAS E RESPOSTAS FREQUENTES SOBRE ANARQUISMO


O Anarquismo não é outro regime de governo, mas sim um modo de organização social livre e cooperativo. O Anarquismo, acaba com a organização social onde  um, quer sempre mandar no outro. Nele, ninguém é obrigado  a fazer nada que não tenha vontade, nem muito menos a  aceitar pontos de vista divergentes aos seus.  Nos regimes de governo, o indivíduo é quem tem que  abandonar sua natureza e adaptar-se aos padrões impostos pelos aparelhos de poder, já no Anarquismo não é o indivíduo que tem que se adaptar a sociedade, mas sim a sociedade que tem que se adaptar ao indivíduo.  O Anarquismo permite que as próprias pessoas decidam  os rumos de suas vidas e construam a organização de sua  vida social. Só quem sabe o que é melhor para uma pessoa é  a própria pessoa. Nele, as pessoas se reúnem em grupos (se  quiserem) e decidem entre si o que é melhor para todas.  Essa forma de organização Anarquista chama-se  AUTOGESTÃO. Autogestão, significa AUTONOMIA, ou  seja, governo das pessoas por elas mesmas, sem ninguém  para liderá-las ou dize-las o que podem ou não fazer. Essa  forma de organização faz com que as riquezas produzidas pela sociedade fiquem diretamente nas mãos de quem  pertencem, ou seja, seus produtores.


O Anarquismo abre caminhos ainda que as pessoas  nadem contra a correnteza, vivendo o Anarquismo do modo  que o concebem, seja individualmente, isoladamente ou até mesmo ciganamente. A lei da vida é o amor… mas o amor sob vontade. Todo mundo tem direito de viver a vida da  maneira que quiser.  O Anarquismo não quer o poder… pois é incompatível com ele. O Anarquismo virá de uma Revolução Social que  se dará na base de todas organizações sociais existentes até  hoje… ou seja, de uma Revolução que se dará dentro das  pessoas. Se as pessoas pararem e decidirem que não mais  serão escravas dos governos e que desejam ser livres… a liberdade estará a um passo delas.  Por isso o Movimento Anarquista não compactua com eleições, partidos políticos ou coisas do gênero. Sob o ponto de vista Anarquista, todo aquele que visa o poder sobre seus semelhantes é inimigo da liberdade dos mesmos. Se alguém quer mandar em você, isso quer dizer que quer te privar de tomar decisões sobre sua própria vida… ou seja, esse alguém quer te escravizar.
 Mas e a comida? E as roupas? Quem vai dividir todas as coisas?
Na Autogestão, todo mundo parte de um princípio lógico: se não produzir não tem comida, se não fabricar não tem vestimenta; se não construir não tem casa. Então cada  um produz de acordo com suas possibilidades, trabalhando naquilo que gosta, na hora e período que quiser. Cada um fazendo um pouquinho daquilo que mais sabe fazer irá dar a sociedade uma qualidade ótima de vida. Analise bem: quantas pessoas trabalham mal hoje em dia, fazem coisas que não gostam de fazer só por causa do dinheiro? E o imenso número de desempregados, de pessoas  sem oportunidades nessa sociedade que sabem fazer (e gostam) muitas coisas mas não tem recursos. Já pensou todo mundo plantando, colhendo, fabricando, costurando, montando… só um pouquinho cada um. Você acha que alguma coisa irá faltar? Hoje só existe um desequilíbrio na sociedade porque, além das pessoas produzirem sob pressão, o fruto de toda produção fica nas mãos da casta governante e de toda sociedade que é movida pelo maior inimigo da cooperação humana: o dinheiro. Dinheiro na sociedade de hoje significa recursos (comida, roupa, etc.) e quem tem mais recursos vive melhor… isso gera outra coisa inimiga da solidariedade humana: a competição. O anarquismo põe abaixo todo esse esquema social  doente em que somos obrigados a viver nos dias de hoje. No lugar do dinheiro a troca, a compartilhação. No lugar da competição, a solidariedade. Todo mundo que da sua forma, de acordo com suas possibilidades, colabora com a sociedade, tem direito aos frutos de seu trabalho. Da mesma maneira que cada um produz de forma diferente, da forma que mais lhe agrada, que mais se adapta as suas capacidades individuais, cada um também deve consumir da mesma forma, de acordo com suas necessidades, suas vontades pessoais. Nenhum tipo de racionamento seria justo visto que cada pessoa tem necessidades diferentes… Alguns comem mais, outros comem menos… Alguns sentem mais frio, outros mais calor… Enfim, cada pessoa tem suas particularidades e o Anarquismo possibilita que estas sejam respeitadas. Para se entender de forma definitiva a forma de organização social Anarquista deve-se perceber que nela todo fruto do trabalho de todos, da produção efetuada na sociedade autogerida, pertence à seus produtores (ou seja, a todos) e deve ser consumido pelos próprios de modo que todos fiquem satisfeitos. Ninguém é dono das cidades, dos mares, da terra, das florestas… mas ao mesmo tempo tudo pertence a todo mundo e qualquer desrespeito ao que é de todos consecutivamente é um desrespeito a todos. Ninguém pode chegar e dizer “esse rio é meu” porque não é só ele que vive do rio, que bebe de sua água… Mas se só uma pessoa usa uma calça, essa pode com certeza dizer “essa calça é minha”. Deu pra sentir a diferença?
Mas e as pessoas que não quiserem colaborar? E quanto aos crimes?
Partindo do princípio básico de que ninguém é obrigado a fazer nada que não tenha vontade, não podemos obrigar uma pessoa a cooperar com a sociedade. Mas como a sociedade Anarquista possibilita que cada um viva sua vida como quiser, essa pessoa pode viver o Anarquismo de sua forma (contanto que – já que não compactua – não interfira no Anarquismo das outras) e sobreviver como quiser (contanto também que não cause mal as pessoas que também vivem da maneira que querem). É tudo uma questão básica de respeito mutuo. Acima de a liberdade do próximo terminar onde começa a minha, a liberdade do próximo é uma extensão da NOSSA liberdade. Qualquer pessoa com o mínimo de senso pode sentir que a maioria dos crimes derivam da desgraça econômica em que o mundo vive, da forma organizativa social em que vivem as pessoas. Os governantes dominam as pessoas com violência e a violência só faz gerar mais violência ainda. Vivendo sob pressão qualquer ser (não só as pessoas mas até mesmo os animais) torna-se bruto e enfurecido. A violência não resolve nada, só piora. O Anarquismo propõe uma nova sociedade onde todas as pessoas tenham iguais oportunidades e direitos. Tudo isso com certeza reduzirá em muito a margem de criminalidade. Mesmo assim, os seres humanos não são perfeitos e todos nós não estamos esclusos de tomar atitudes brutas ou que venhamos a ter posteriormente arrependimentos. Um dos objetivos do Anarquismo é ensinar as pessoas a ter responsabilidades sobre seus atos, pois todo ato com certeza tem uma consequência. O Anarquismo pede as pessoas principalmente respeito mútuo e senso de responsabilidade. Sempre haverão casos de divergências pois nenhuma pessoa pensa absolutamente igual a outra. O que as pessoas precisam aprender é a conviver com suas divergências, a viabilizar meios de vida que possibilitem a todas as pessoas viverem de acordo com seus pontos de vista. É natural dos seres humanos concordar ou discordar… Quando a compactuação for impossível, deve-se pelo menos saber respeitar ambos pontos de vista. A verdade de um pode não ser a verdade do outro, mas cada um deve ter direito de viver a sua verdade.


Como participar da cultura anarquista?
A única coisa necessária para se aderir ao Movimento Anarquista é ser Anarquista… da sua forma… segundo sua utopia pessoal de sociedade futura, seja essa coletivista, mutualista, individualista ou seja o que for. Cada um tem o seu modo de ver o Anarquismo, a sua concepção de vida em liberdade (lembre-se de que no anarquismo, é a sociedade quem se adapta ao indivíduo) e a sociedade futura será o resultado da união de todas as utopias libertárias, de todas aspirações e vontades das pessoas. Seja Anarquista da sua forma, do seu jeito, sozinho ou em grupo, mas seja você mesmo. Manifeste suas ideias, imagine sua utopia libertária (o que seria viver em liberdade para você), não feche a boca, não abaixe a cabeça. Aquele que te escraviza é o seu inimigo, aquele que quer te prender consecutivamente não quer sua liberdade. Desobedeça as imposições, obedeça somente a seu próprio coração. Seja a ovelha negra, o filho rebelde, a ferrugem na engrenagem social. Não deixe seus sonhos, lute por suas convicções. Conspire… divulgue o Anarquismo a seus colegas… mostre a eles que todos somos capazes de governar nossas próprias vidas… as limitações existem para serem abolidas… as fronteiras para serem ignoradas… os muros para serem derrubados. Morda a maçã do pecado… se ser livre é subversão… seja subversivo. O seu sonho é a sua verdade… você não é obrigado a aceitar as verdades de outras pessoas. A sua liberdade é seu maior tesouro… Estar vivo sem liberdade é como beber água sem matar a sede… seja realista… deseje o impossível. Conheça a história do Movimento Anarquista mas faça você também a sua história. Veja o que outros Anarquistas disseram mas diga você também aquilo que pensa. Ninguém é mais do que ninguém. Cada pessoa é uma estrela e todas estrelas são iguais.
Observações necessárias:
Algumas observações se fazem necessárias, para esta publicação.
a) Este informativo não pode ser vendido.
b) Este informativo pode e deve ser copiado, impresso e distribuído para o máximo de pessoas que estiver ao seu alcance.
c) Você pode reproduzir qualquer parte deste informativo desde que você cite de onde saiu o texto e se possível o endereço para divulgação da ideia.
d) Escrevam pela amizade, enviem materiais, façam perguntas, deem sugestões, critiquem.

O que querem os Anarquistas?



Em artigo bastante contundente e expressivo, Errico Malatesta, discípulo italiano do russo Bakunin, discorre sobre o que é e o que se deve fazer “Rumo à Anarquia”.


    Em primeiro lugar, deve-se desprezar concepções errôneas segundo as quais “anarquia” seria sinônimo de “bagunça”. Anarquia é ausência de governo e mesmo de atividade parlamentar; que os agentes políticos devem atuar diretamente em busca de manter e ampliar todas as formas de participação nos aspectos decisórios da sociedade em que vivem. Ação Direta, aliás, é o nome que adotam várias organizações anarquistas pelo mundo afora.
    Diz-nos Malatesta em seus “Escritos Revolucionários” que “Se quiséssemos substituir um governo por outro, isto é, impor nossa vontade aos outros, bastaria, para isso, adquirir a força material indispensável para abater os opressores e colocarmo-nos em seu lugar * Mas, ao contrário, queremos a Anarquia, isto é, uma sociedade fundada sobre o livre e voluntário acordo, na qual ninguém possa impor sua vontade a outrem, onde todos possam fazer como bem entenderem e concorrer voluntariamente para o bem-estar geral. Seu triunfo só poderá ser definitivo quando universalmente os homens não mais quiserem ser comandados ou comandar outras pessoas e tiverem compreendido as vantagens da solidariedade para saber organizar um sistema social no qual não mais haverá qualquer marca de violência ou coação”.
    A atividade do anarquista, do socialista utópico (em sua sublime acepção de conquista da Esperança possível) não é violenta nem repentina, mas gradual, pedagógica, passo a passo.
    Não se trata de chegar à anarquia hoje, amanhã ou em dez séculos, mas caminhar seguramente rumo à anarquia hoje, amanhã e sempre. A anarquia é a abolição do roubo e da opressão do homem pelo homem, quer dizer, abolição da propriedade privada dos meios materiais e espirituais de produção e do governo formal; a anarquia é a destruição da miséria, da superstição e do ódio entre as pessoas. Portanto, cada golpe desferido nas instituições da propriedade privada dos meios de produção e do governo é um passo rumo à anarquia. Cada mentira desvelada, cada parcela de atividade humana subtraída ao controle da autoridade, cada esforço tendendo a elevar a consciência popular e a aumentar o espírito de solidariedade e de iniciativa, assim com a igualar as condições é um passo a mais rumo à anarquia.”
Os surrealistas, que há anos estão unidos aos anarquistas afirmam ainda que cada vez que um casal se une e sua união não é uma fancaria, mas a autêntica expressão do verdadeiro amor entre duas pessoas que se completam plenamente, ocorre mais um abalo no que chamam de “gigantesca caserna” em que se tornou a sociedade industrial. “O ocidente é um acidente!” denuncia Roger Garaudy em “Apelo aos Vivos” com a autoridade de quem sempre esteve nos pontos mais avançados de defesa política e filosófica do que promove o humano no mundo.
    Seguindo com Malatesta: “Não podemos, de pronto, destruir o governo existente, talvez não possamos amanhã impedir que sobre as ruínas do atual governo um outro surja: mas isto não nos impede hoje, assim como não nos impedirá amanhã, de combater não importa que governo, recusando-nos a submetermos à lei sempre que isto seja contrário aos nossos imperativos de consciência. Toda a vez que a autoridade é enfraquecida, toda a vez que uma grande parcela de liberdade é conquistada e não mendigada, é um progresso rumo à anarquia. Da mesma forma, também é um progresso toda a vez que consideramos o governo como um inimigo com o qual nunca se deve fazer trégua, depois de nos termos convencido que a diminuição dos males por ele engendrados só é possível pela redução de suas atribuições e de sua força, não pelo aumento no número de governantes ou pelo fato de serem eles eleitos pelos governados. E por governo entendemos todo o indivíduo ou grupo de indivíduos, no Estado, Conselhos etc. que tenha o direito de fazer impor leis injustas sobre quem com elas não concorda”.
    Contundente e radical, repita-se, Malatesta e toda a tradição anarquista que lhe segue proporá a chegada a um governo auto-gestionário, do qual todos possam participar livremente. Um sistema auto-gestionário que possibilite participar livre e alegremente de todo o processo decisório e de execução do que terá sido decidido coletivamente, para que se chegue ao maior aperfeiçoamento social promotor do humano no mundo. Toda a vitória, por menor que seja, dos trabalhadores sobre as classes patronais, todo o esforço contra a exploração do homem pelo homem, toda a parcela de riqueza subtraída aos proprietários e posta à disposição daqueles que a geraram, toda a união amorosa plena entre duas pessoas que se amam intensa e sinceramente, tudo o que se fizer para melhorar as condições existenciais da maioria enfim, será mais um progresso, mais um passo rumo à anarquia, “este sonho de justiça e de amor entre os homens…”
Lázaro Curvêlo Chaves – Primavera de 2000

HISTÓRIA DAS COISAS

Story of Stuff (HISTÓRIA DAS COISAS) - Completo e legendado em português


Guru ambiental Annie Leonard explica como funciona o sistema linear do capitalismo, e como isso prejudica o planeta.

ORWELL "1984" VS HUXLEY "ADMIRÁVEL MUNDO NOVO"

AS DUAS MAIS FAMOSAS DISTOPIAS DO MUNDO COMPARADAS, AO MEU VER ORWELL COM SEU "1984" TEMIA UMA DITADURA FASCISTA OU O COMUNISMO AUTORITÁRIO TOMANDO CONTA DA POLÍTICA DO MUNDO, ENQUANTO HUXLEY COM SEU "ADMIRÁVEL MUNDO NOVO" TEMIA O CRESCIMENTO DO CAPITALISMO, ÓTIMOS LIVROS:









A Ética Anarquista

Pode-se entender ética como aquilo referente aos valores morais nas práticas humanas, aquilo que seria certo ou errado como forma de conduta. Considerando que vivemos em uma sociedade capitalista, ou melhor, em uma sociedade fundamentada na lei do egoísmo, do lucro pela desvantagem do próximo, na exploração do homem e degradação do planeta, e, principalmente, na total alienação do indivíduo do controle de seu trabalho, sua vida social, sua educação, sendo utilizado como instrumento, como força social de acordo com o interesse das classes ou grupos dirigentes. Enfim, considerando tudo isso, é fácil identificar que tipos de ética e moral estão presentes em nossa formação: uma moral construída pela burguesia e uma ética coerente com essa moral, tudo isso viciando nossas práticas sociais com a ideologia do patrão, do político, do capitalista, da elite, do militar, de toda a escória que nos educa a servir e obedecer sem questionar, a tratar o próximo como um concorrente ou inimigo. Assim somos educados pelo estado, pelas classes dominantes ou qualquer outro grupo organizado que exerça e impõe sua influência perniciosa sobre a maioria da sociedade, através de sua moral podre e pela repressão de seus empregados, utilizando-se da força e da lei.
O que o Anarquismo propõe? Existe esta situação em que vivemos, um sistema que nos leva a morte, destruindo as relações sociais em proveito do interesse de uma minoria. Nós, Anarquistas temos uma crítica a este sistema e propomos uma mudança radical, revolucionária, uma ruptura com tal prática de relação social e econômica. Queremos o controle, pela sociedade, de seu trabalho, saúde, educação e tudo mais que lhe diga respeito, e nosso objetivo é estar atuando no meio social, transformando o cotidiano, construindo alternativas, enfim, propagando nosso ideal pela ação, pela prática. O Anarquismo é esse instrumento de transformação, e só é possível construir o Anarquismo praticando-o, vivendo-o.
E onde entra a ética Anarquista nisso? Procurando por em prática o Anarquismo, esse instrumento de luta social, o mesmo tem como base os princípios Anarquistas, aquilo em que acreditamos e pelo qual lutamos, tais como o apoio mútuo, autogestão, internacionalismo, liberdade, princípios que são a essência do movimento e o que caracteriza o pensamento Anarquista. E a ética Anarquista, nossa conduta, deve estar sempre coerente com estes princípios. Se a moral hipócrita burguesa educa para formar escravos egoístas, reprodutores de sua ideologia, nós Anarquistas propomos uma outra educação, aquela que busque criar indivíduos preocupados com o bem estar da sociedade e do meio em que vivem, vendo o próximo com respeito e igualdade. Entendendo-se educação aqui como tudo aquilo que assimilamos e reproduzimos enquanto vivendo em sociedade, essa educação que propomos, essa ética, só virá através da prática, seja em qualquer atuação social, seja em um grupo de estudos, em uma ocupação de terreno, em uma comunidade ou no sindicato, para nós a prática deve estar coerente com nossos princípios.
Acreditamos que a prática determina quem se é e o fim ao qual se vai chegar. O capitalista e o autoritário podem utilizar-se do discurso para enganar, mas suas práticas fazem com que suas máscaras caiam, e levam a fins que conhecemos bem, fins que estão de acordo com suas ações. Acreditamos que ser anarquista não é algo que se possa abdicar em favor de um suposto objetivo ou quando não for do nosso interesse, devemos sê-lo sempre, no trato com as pessoas, nas relações afetivas, na militância, etc. É claro que isso não quer dizer que devemos estar falando de Anarquismo sempre e com todos como um fanático religioso, ou sair por aí espancando os patrões e as autoridades (embora isso dê vontade). Vivemos e crescemos em uma sociedade injusta, desigual e autoritária, muitos de nós temos que alienar nossa força de trabalho para um patrão ou proprietário, e nossas relações muitas vezes são com pessoas que reproduzem a ideologia do capital. Mas, e aí está nosso diferencial, se nós somos Anarquistas e propomos e lutamos por uma sociedade justa, igual e não hierarquizada, nós não podemos ter uma prática, uma ética, na vida política e outra na vida particular, ou então agirmos como canalhas com os companheiros ou manipularmos politicamente as pessoas com base em sofismas e calúnias, tudo em nome de um suposto Anarquismo. Estar na luta é também buscar limpar-se dos vícios do sistema estatal/burguês autoritário, não adianta nada falarmos em Anarquismo e ao mesmo tempo caluniar, ser sexista, tentar coagir, intimidar para exercer influência, etc. Estar na luta é fazer a revolução agora, com cada passo conquistado, tentando mudar a realidade hoje e não por partes, em uma racionalização pobre que tenta desassociar as ações no presente com os resultados no futuro.
Temos que ser um exemplo pelas nossas ações, seja pelo que fazemos e como fazemos. Vamos deixar os rótulos, a individualização, o pragmatismo cego e implacável para o capitalismo, que, em sua conduta, não vê impedimento e passa por cima de tudo e todos para que uma minoria tenha seu poder e seu lucro garantidos. Sejamos Anarquistas, não da boca pra fora, no discurso sedutor, mas atuando socialmente e tendo nossa ética condizente com nossos princípios. Nós Anarquistas lutamos para que a maioria explorada fortaleça-se em relações sociais justas, iguais e não hierarquizadas, para que, organizada, ponha fim à ditadura do egoísmo.
CEADP (Coletivo de Estudos Anarquistas Domingos Passos), Niterói. Janeiro de 2004

SOBRE NÓS:


“NÃO SE TRATA DE LHE FAZER COMPRAR MEU PRODUTO OU OSTENTAR MINHA MARCA,

NÃO SE TRATA DE LHE IMPOR MINHA DOUTRINA RELIGIOSA,

NÃO SE TRATA DE LHE ENGANAR PARA CONSEGUIR SEUS BENS MATERIAIS,

NÃO QUERO SEU SUOR,

NÃO ODEIO SUA COR,

NÃO ME IMPORTO COM SUA OPÇÃO SEXUAL,

NÃO O CULPO PELOS PROBLEMAS DO PAÍS QUE VIVO,

NÃO ACHO INFERIOR POR PERTENCER A OUTRA ETNIA,

NÃO SE TRATA DE MAIS UMA GUERRA DE ÓDIO NA RELAÇÃO HUMANA,

QUEREMOS EXCLUIR ESSE SENTIMENTO DA SOCIEDADE E

SABEMOS SEUS SINÔNIMOS, SÃO ELES:

ESTADO, RELIGIÃO E CAPITAL!

SOMOS ANTI-FASCISTAS,

SOMOS ANARCO-COMUNISTAS!

SOMOS LIBERTÁRIOS!”

Uma história para Punk ver!!


Alguns dias atrás, eu fui questionado sobre o que é o punk. A pessoa que me questionou se interessou pelo fato de eu usar um patch em um moletom com a palavra.
Eu respondi da seguinte forma:
-Punk é um indivíduo ativista pela liberdade, em resumo.
Ele então me questionou:
-Por que então você não usa moicano?
Respondi:
-O visual, tal como: moicanos coloridos, modificações corporais, tatuagens, vestuário surrado e sujo, com rebites, bótons e patches de bandas e protesto não são uma obrigação, fazem parte da cultura do movimento, e a maioria dos indivíduos usam, mas não é uma obrigação quando o mais importante é o que esta na mente, a ideologia.
Curioso ele perguntou:
-Que ideologia? Eu pensava que punks brigassem com skinheads, tomassem tubão, cheirassem cocaína, fumassem maconha, pedissem dinheiro na rua, quebrassem lixeiras e dormissem em marquises apenas!
De certa forma concordei e por outro lado me ofendi, pois ele mexeu em uma ferida aberta do Movimento Punk - se é que existe um – então eu retruquei:
- Bem como em todas as organizações sociais, desde ensino, polícia, políticos, ONG’s, as pessoas desvirtuam o real sentido de seu objetivo, que é o de servir e não o de lucrar pra si. O indivíduo punk por falta de conhecimento do seu verdadeiro objetivo como defensor ativista pela libertação própria e social das mãos do real inimigo da liberdade - do Estado: capitalista, despótico, classicista, aristocrata, monárquico, xenófobo, homófobo, religioso - acaba por cair nas ciladas que o próprio Estado o armou.
A conversa acabou ele concordou que isso acontece, mas esse fato, que eu sei e já me incomodava piorou e cresceu em minha mente a ponto de eu resolver questionar sobre o que somos e o que realmente queremos.
Antes de questionar sobre as organizações de punks anarquistas, dissertarei sobre o surgimento do movimento: No início era apenas um subgênero de rock, simples, acelerado, empolgante e o principal, barato, baseado no rockabilly da década de 50. Desencadeou diversas bandas com vestuário agressivo e letras com blasfêmia à “moral e bons costumes” enraizados na cultura, sem política até então. Foi a banda CRASS que introduziu a ideologia anarquista as letras, e reviveu o movimento ideológico que teve seu ápice com os grandes ideólogos ativistas das AIT’s (Associação Internacional do Trabalho) do século XVIII, que acabaram sucumbindo perante artimanhas dos Marxistas e mais tarde derrotados no século XX pelos fascistas na guerra civil espanhola. Grandes homens, tais como: Bakunnin, Kropotkin, Proudhon, Malatesta, Réclus, Emma Goldman, recentemente Noam Chomsky, foram revividos como pensadores que deixaram um legado de conhecimento e que deve ser colocado em prática, para uma evolução intelectual e em grande escala social, que sucumbirá o capitalismo e Marxismo, dando lugar ao Anarco-Comunismo.
Sendo assim o indivíduo Anarco-Punk é antes de tudo um idealista e ativista reformador da organização social atual.
Por que então cair em seus jogos de alienação e limitação da capacidade humana? Em sua cultura de pão e circo? Em seus vícios e meios da manipulação da liberdade do indivíduo?Falta de conhecimento da ideologia, falta de comprometimento com a causa e o pior falta de interesse.
Ressaltarei que somos ideologicamente anarquistas, mas vivemos no capitalismo, sendo assim, algumas amarras nos são muito difíceis de desatar, tais como: sobreviver sem um trabalho, luz, água  estatais, sem uma casa, sem uma propriedade própria, alugada ou invadida. Mas há outras amarras que simplesmente fechamos os olhos e alguns se deixam levar pela época inicial do movimento em que o objetivo era só chocar ao máximo a sociedade, e onde para tal valia até mesmo usar cruz suástica nazista. Felizmente evoluímos ideologicamente e a não unanimidade dos reconhecimentos dessas e de outras lutas - por um ou outro indivíduo - fez suscitar divisões no movimento, alguns até mesmo com vestuário, música e frente de luta
própria. Essas divergências de pensamento e metodologias resultaram no enfraquecimento de um movimento tão combatido e tão atacado por aqueles que veem perigo em seu crescimento. Não é interessante ao Estado o crescimento de um movimento libertário de jovens por um objetivo comum: sua derrocada!

Vou finalizar esse texto com uma mensagem pra você:

Straght Edge que identificou a manipulação capitalista resultante na limitação da capacidade intelectual ativa e muitas vezes morte do usuário e de tantas outras vítimas do tráfico ilegal ou venda legalizada de drogas artificiais, químicas e até mesmo naturais, Respeite o indivíduo que não chegou a sua conclusão, alerte-o sobre esse perigo, faça-o evoluir.

Vegan/Vegetariano que identificou a manipulação criminal da vida e liberdade dada pela morte dos animais, bem como a destruição avassaladora e catastrófica da natureza, a inutilidade da alimentação animal, o fim da fome do mundo com a destinação dos vegetais destinados a alimentação animal serem direcionados a alimentação humana, o fim da utilização de agrotóxicos na agricultura e as doenças resultantes desse tipo de  alimentação para o Estado, somente para saciar os interesses lucrativos dos burgueses capitalistas e suas multinacionais megalomaníacas, Respeite o indivíduo que não chegou a sua conclusão, ensine-o, não o julgue, faça-o evoluir.

Antifascista, militante de rua que muitas vezes fecha sua visão para qualquer aproximação de outro indivíduo de outras frentes de luta pela libertação humana que não se arrisque como você no combate aos neonazistas e fascistas, pseudo-militantes de direita nas ruas. Entenda que sua luta é muito importante, visto que o estado faz muitas vezes vista grossa a crimes raciais e preconceituosos que não envolvam a classe burguesa, e muitas vezes sendo eles mesmos "militares" esses agressores, porém as dos outros ativistas também o são e muito.
E por fim, você
Junkie niilista autodestrutivo, você não é anarquista pois contradiz ativamente o que defende ideologicamente, deixa-se evar por um visual e uma grupo que se identifica contra-culturalmente, somos imorais contra os dogmas e preceitos arcaicos da sociedade, mas é necessário informação para saber agir, por isso Estude sobre o que somos e o que defendemos antes de nos marginalizar, nosso pensamento deve condizer com nosso comportamento.
E que todos nós estudemos mais sobre o que defendemos. Vamos aprender o que nos torna diferentes, aprender a respeitar essa diferença e vice-versa.

"A leitura é a chave do conhecimento, este é a chave da liberdade intelectual e ideológica dos grilhões da escravidão moderna, que nos prendem física e intelectualmente!"

“A minha liberdade vai até onde começa a sua!”
Como diria o camarada Sabotage: "RESPEITO É PRA QUEM TEM!"
ÊRA PUNX!!!